O inicio da minha monografia foi uma grande tortura, não sabia o que escrever muitas vezes troquei o tema. Cheguei a postar no Facebook a minha angústia e a professora Cristina voltou com uma postagem que dizia" Desencana que a vida engana.", ruminei essa frase, sem entender o que queria dizer.
A angústia o desespero o temor tomou conta da minha vida. Fui a cada dia tentando escrever, pensando num tema que me farai capaz de falar do que eu sei, ou seja, do pouco que sei e também poder auxiliar professoras que não tem ou não teve ainda oportunidade de ter contato com pessoas com algum tipo de deficiência.
Como a alfabetização é muito presente na minha vida profissional resolvi então falar sobre ela e incluir as crianças que trabalho.
Comprar revistas, ler e buscar artigos em livros e jornais,todos os dias pesquisar na internet, foi uma rotina diária durante 15 dias das férias de julho . Nasce então o tema da minha monografia: ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS SÍNDROME DE DOWN.
Feliz da vida fui direto no foco. Muitas coisas interessantes e também outras nem tanto, fui lendo de tudo um pouco, mas nem tudo pude aproveitar. Então comprei um caderninho e escrevi, escrevi e escrevi, sem saber se tudo aquilo era certo ou errado.
Ao retornar as aulas em agosto, nas primeiras semanas nossa professora Cristina diz quem será a orientadora, fiquei em pânico (Valéria), nessa semana não consegui dormi. Pensei: a inteligência humana vai me detonar! (A inteligência humana era Valéria).
No dia da aula da Valéria, a mesma me foi tão dedicada que até me arrependi do que tinha falado, já nas primeiras semanas fui mandando material escrito e minha nobre orientadora ia me respondendo sempre me incentivando, fui lendo e escrevendo e enviando, até que Valéria disse PARA!Vamos organizar sua monografia está quase pronta, isso no meio de setembro, fiquei feliz da vida, porém abandonei o que escrevi, não conseguia mas pegar para ler.
Via todas escrevendo, se desesperando e eu lá, sem conseguir ler e nem organizar.Foi então num fim de semana que bateu em mim uma coisa estranha que peguei os meus escritos e consegui organizar, fui enviando pra minha orientadora e ela fazendo os acertos necessário.
Os dias foram passando e eu fui ficando com uma mistura de sentimentos que me tomava e eu não sabia o que realmente era.
Já na última semana de entrega consegui finalizar,não sei se alcancei meu objetivo, mas fiquei com um sabor de dever cumprido.
Hoje entendi aquela frase que a professora Cristina me postou, fiquei encanada, desesperada e por muitas vezes engasgada com a tal monografia que não foi um bicho de sete cabeças, mas sim de seis.
turma 2009(Patricia)
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Você sabe qual a lei que um deficiente tem direito?
Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas
Especiais.
Reconvocando as várias declarações das Nações Unidas que culminaram no documento
das Nações Unidas "Regras Padrões sobre Equalização de Oportunidades para Pessoas
com Deficiências", o qual demanda que os Estados assegurem que a educação de
pessoas com deficiências seja parte integrante do sistema educacional.
Notando com satisfação um incremento no envolvimento de governos, grupos de
advocacia, comunidades e pais, e em particular de organizações de pessoas com
deficiências, na busca pela melhoria do acesso à educação para a maioria daqueles cujas
necessidades especiais ainda se encontram desprovidas; e reconhecendo como
evidência para tal envolvimento a participação ativa do alto nível de representantes e de
vários governos, agências especializadas, e organizações inter-governamentais naquela
Conferência Mundial.
1. Nós, os delegados da Conferência Mundial de Educação Especial,
representando 88 governos e 25 organizações internacionais em assembléia aqui
em Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994, reafirmamos o nosso
compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e
urgência do providenciamento de educação para as crianças, jovens e adultos
com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino e
re-endossamos a Estrutura de Ação em Educação Especial, em que, pelo espírito
de cujas provisões e recomendações governo e organizações sejam guiados.
2. Acreditamos e Proclamamos que:
• toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade
de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,
• toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagem que são únicas,
• sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais
deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade
de tais características e necessidades,
• aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança,
capaz de satisfazer a tais necessidades,
• escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para
todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das
crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de
todo o sistema educacional...
Este texto é parte de um portal do MEC , que assegura pessoas com deficiência a ter seu direito de ir a escola e de principalmente a ter uma educação de qualidade.
Nós como professores e pais devemos fazer a nossa parte assegurando que essas TODAS nossas crianças possam ter seus direitos respeitados.Vamos nos unir nessa caminhada!
domingo, 21 de agosto de 2011
mais um dia do TCC
Mais um domingo de profundo estudo sobre minha monografia.Uma situação horrível aconteceu,meu pc fez uma formatação indevida, não sei por que, mas me deu uma vontade enorme de chorar, minha sorte e que deixo tudo registrado no caderno.
Sei que as dificuldades servem para que possamos crescer pessoalmente,e essa experiência que estou vivendo está verdadeiramente sendo única, vou agarrar esse ensinamento e usar para toda minha vida.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Todos somos especiais
Mas um dia em que nada pude acrescentar como conteúdo da minha monografia,sei que tenho que me esforçar para poder ter tempo, pois como diz minha professora Madalena "tempo quem faz é a gente".
Com um tema bem atual e acredito que pouco explorado pela educação, o que mais me chama atenção é que muitas crianças com deficiência, ainda esbarram com a falta de profissionais capacitados para está trabalhando com esse enorme público, tem que o mesmo direito à educação que tantas outras crianças.
Li no livro Inclusão um guia para educadores(Susan Stainback e William Stainback) um texto que me deixou muito chocada, dizia que muitas pessoas com deficiência em meados do século XVII viviam nas ruas ou eram internadas em locais, junto com idosos, mendigos e essas pessoas eram excluídas por não terem vida produtiva.
Refletindo sobre o texto pude perceber que ainda muito desse comportamento já no século XXI não ficam longe do passado.
Em conversas com algumas mães de crianças com deficiência, muitas relatam que seus filhos na escola ficam por muitas vezes isolados no canto, sem proposta pedagógica, e não sabem muitas vezes o que fazer para poder ajudar seus filhos ao menos aprender o próprio nome.
Nesse contexto não vejo culpado nem inocente, vejo uma sociedade que precisa crescer e aprender a lidar com as situações que vida nos oferece, aprendendo sempre com o diferente, porque na verdade todos somos especiais!
Com um tema bem atual e acredito que pouco explorado pela educação, o que mais me chama atenção é que muitas crianças com deficiência, ainda esbarram com a falta de profissionais capacitados para está trabalhando com esse enorme público, tem que o mesmo direito à educação que tantas outras crianças.
Li no livro Inclusão um guia para educadores(Susan Stainback e William Stainback) um texto que me deixou muito chocada, dizia que muitas pessoas com deficiência em meados do século XVII viviam nas ruas ou eram internadas em locais, junto com idosos, mendigos e essas pessoas eram excluídas por não terem vida produtiva.
Refletindo sobre o texto pude perceber que ainda muito desse comportamento já no século XXI não ficam longe do passado.
Em conversas com algumas mães de crianças com deficiência, muitas relatam que seus filhos na escola ficam por muitas vezes isolados no canto, sem proposta pedagógica, e não sabem muitas vezes o que fazer para poder ajudar seus filhos ao menos aprender o próprio nome.
Nesse contexto não vejo culpado nem inocente, vejo uma sociedade que precisa crescer e aprender a lidar com as situações que vida nos oferece, aprendendo sempre com o diferente, porque na verdade todos somos especiais!
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Quem sou eu?
Meu nome é PATRICIA, 35 anos, leonina, professora, mãe, amiga, estudante e principalmente mulher.
Trabalho com crianças portadoras de deficiência (contando histórias), estou no último período do curso normal superior da faculdade do Pró-Saber do RJ, e criei esse blog para dividir as angústias de finalizar um curso superior, que é a tão temida monografia. Bicho de sete cabeças que está me deixando sem sono, mas tenho certeza que vou finalizar com muito sucesso.
Começo meu blog com muita vontade de que pessoas de muitos lugares possam compartilhar esse momento e muitos outros que com prazer irei postar. Aguardem notícias em breve!
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